top of page

LAURA DE SOUZA

(Soprano)

a04ac2_ae8eb43b49fa4f81b6d868176650e5e1_mv2.webp

Nasceu em 07 de abril de 1958 e faleceu em 30 de julho de 2022.

Diplomada em Piano pelo Instituto de Artes da UFRGS, Laura de Souza dedicou-se

ao estudo do Canto Lírico a partir de 1983, na Hochschule für Musik und darstellende Kunst Hamburg, Alemanha.

Iniciou sua carreira internacional em concertos na Filarmonia de Berlim, com o Berliner Kantatenensemble e na Sala Giuseppe Verdi do Conservatório de Música de Milão

como solista da Orquestra da RAI.

Sua formação vocal teve lugar em Hamburgo, Paris, Milão e Munique, e dentre

seus mestres contam nomes como Ugo Ugaro, Eduardo Abumrad, Thomas Tipton

e William Workmann. Venceu importantes Concursos Internacionais de Canto como Cagliari, Itália em 1988 (Primeiro Prêmio), e Rio de Janeiro em 1991 (Primeiro Grande Prêmio), sendo a única brasileira a ter obtido tais premiações, além de ter sido escolhida como Melhor Cantora Brasileira no referido concurso.

De 1991 a 1998, foi membro estável do Staatstheater Kassel e do Deutsches Nationalteather Weimar, Alemanha, onde desenvolveu amplo repertório, o qual a levou como artista convidada a diversos teatros e salas de concerto da Europa e do Brasil: Aalborg Theater, Dinamarca, Bolschoi Theater Minsk, Rússia, Openair Opera Festival, Hamburgo, Kloster Maulbronn, Filarmonia de Colônia, Stadttheater Würzburg, Stadttheater Coburg, Stadttheater Koblenz, Deutches Theater München, Nationaltheater Mannheim, Alemanha, Theatro São Pedro, Teatro da OSPA, Teatro do SESI, Porto Alegre, Sala Cecícila Meirelles e Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Teatro Alfa, Theatro

São Pedro e Theatro Municipal de São Paulo, Theatro Guaíra de Curitiba, Teatro Amazonas de Manaus e Palácio das Artes, Belo Horizonte, Brasil.

Seus principais papéis operísticos foram Cio-cio-san (Madama Butterfly), Manon

(Manon Lescaut), Angelica (Suor Angelica), Liù (Turandot), Tosca, de G. Puccini, Donna Anna (Don Giovanni), de W. A. Mozart, Aída e Elisabetta (Don Carlo), de G. Verdi, Ariadne (Ariadne auf Naxos), de R. Strauss, Elisabeth (Tannhäuser) e Sieglinde (Die Walkürie), 

de R. Wagner.

Foi dirigida cenicamente por grandes nomes como Herbert Wernicke, por ocasião de

seu début europeu, na opereta Sangue Vienense de J.Strauss no Theater des Westens em Berlim, Wolfram Mehring, em Fausto de Ch.Gounod, no Deutches Nationaltheater Weimar, Aidan Lang, em Don Giovanni no Teatro Alfa de São Paulo e em A Valquíria, 

de R. Wagner, durante o VI Festival Amazonas de Ópera e pelo famoso cineasta alemão Werner Herzog em Tannhäuser, de R. Wagner, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Sua intensa atividade como concertista incluiu participações em Festivais Internacionais, entre eles, Europäische Wochen Passau, Passau, Alemanha, como solista da Petite Messe Solennelle, de G.Rossini, Brazil Arts Festival, Tempe, Arizona, EUA, Latinamerican Music and Arts Festival, Central Michigan University, EUA e atuações diante de grandes orquestras sinfônicas como, dentre outras, Orquestra Petrobrás Sinfônica, OSB-Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo, OSUSP Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo, Staatstheater Kassel Symphonie Orchester, realizando a estreia europeia de A Floresta Amazônica, 

de H. Villa-Lobos, e a Ford Symphonieorchester, na Filarmonia de Colônia, Alemanha.

Em 2005, realizou a estreia Latino-americana de Erwartung, de Arnold Schoenberg,

no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, foi solista da ópera portuguesa A Serrana de Alfredo Keil, com a WDR-Orchester (Rádio Alemã do Oeste). Após gravações para aquela rádio, a obra foi apresentada Bonner Musikfest, na ópera

de Bonn e no Dresdner Musikfestpiele na Semperoper, em Dresden.

Participou da abertura da temporada 2007 do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, interpretando o papel de Condessa, em As Bodas de Figaro.

No âmbito pedagógico, Laura de Souza ministrou inúmeros seminários intensivos para solistas, coristas e atores na Alemanha e no Brasil, e manteve o compromisso

com o desenvolvimento do estudo musical e vocal de jovens cantores líricos brasileiros, implantando e dirigindo projetos, como Lied em Cena e Ópera Jovem. Foi fundadora

e diretora artística do Verões Musicais – Festival Internacional de Música, Canela, RS.

Em 2022, foi co-fundadora da Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul (CORS).

Foi, sem sombra de dúvidas, uma das mais importantes cantoras líricas da história

do nosso Estado.

bottom of page